A criança hoje anda muito sobrecarregada de tarefas, e com a chegada da tecnologia isso só piorou, em parte deu sim uma ajuda na educação escolar, porém a vida moderna assim como tráz facilidades, também tráz problemas graves de saúde mental e física.
Antes era escola, brincadeiroas, lições de casa, para se ocupar. Hoje estão inclusos no pacote, uma agenda cheia, sim já exsite agenda para elas, com natação, inglês, equitação, tênis, futebol. É cada vez mais comum encontrar crianças que mal saíram da pré-escola e já cumprem estas atividades numa correria interminável, é fato que aprender desde pequeno é ótimo para o bom desenvolvimento, mas como sempre nosso corpo necessita de moderação, também é fato que muitos pais, acham que é isso que fará do filho dele, um cidadão de bem e sobrecarregam a criança de afazeres para fazer valer a famosa frase "mente vazia é oficina do diabo". E perdem completamente a noção de com quem estão lidando.
O mundo realmente está muito mais competitivoe os pais que vivem isso, querem preparar seus filhos e não percebem o mal que estão causando para eles e para a própria sociedade à que terão de enfrentar no futuro. Crianças extremamente estressadas, este que era um problema somente do mundo dos adultos, agora estpá tomando conta da infância.
O problema está tomando proporções tão grandes que já ganhou status problema de saúde pública.
O psicoterapeuta João Figueiró diz que frequentemente essa rotina impõe à criança um sentimento de incompetência, pois lhe são atribuídas tarefas para as quais ela não está neurologicamente capacitada. "É como uma bomba-relógio prestes a explodir."
O risco dessa exposição, alertam os cientistas, são danos que vão bem além da infância, como doenças coronarianas, diabetes, uso de drogas e depressão.
No Brasil a poucos estudos sobre este assunto, a pesquisadora Ana Maria Rossi se destaca com uma pesquisa, feita com 220 crianças entre 7 e 12 anos nas cidades de Porto Alegre e São Paulo, revelou que oito a cada dez casos em que os pais buscam ajuda profissional para seus filhos por causa de alterações de comportamento têm sua origem no estresse. “O estresse é uma reação natural do nosso corpo, o problema é esse estímulo atingir níveis muitos altos ou se prolongar por longos períodos”, diz Ana Maria.
Voltar atráz do prejuízo quando o estágio já é avançado, não tem como, mas os pais podem identificar os sinais de risco.
Muitas vezes, os pais nem desconfiam que a enfermidade do filho pode ter raízes no estresse.
Encontrar reações físicas intensas, mas sem nenhuma doença de fundo não é mais novidade para os médicos. “Cefaleias e dores abdominais causadas por estresse são as queixas mais comuns.
Cientistas do Centro de Desenvolvimento da Criança da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, propuseram uma divisão: o estresse positivo, aquele em que há pouca elevação dos hormônios e por pouco tempo; o tolerável, caracterizado pela reação temporária e que pode ser contornada quando a criança recebe ajuda; e o tóxico, o que deve ser combatido, ligado à estimulação prolongada do organismo, sem que a criança tenha alguém que a ajude a lidar com a situação. “A origem pode estar em episódios corriqueiros que gerem frustração ou aflição frequentemente, como brigas na escola ou com familiares, ou em situações únicas, mas com impacto muito grande, como a morte inesperada de alguém próximo, abuso sexual ou acidente”.
Quando exposto a quantidades muito grandes dos hormônios do estresse, o organismo sofre uma espécie de intoxicação. Cai a imunidade, deixando a pessoa mais exposta a infecções, há uma interferência nos hormônios do crescimento e até mesmo o amadurecimento de partes essenciais do cérebro, como o córtex pré-frontal, é afetado. “Essa região é responsável pelo controle das funções cognitivas, como a capacidade de moderar a impulsividade e a tomada de decisões”, explica o neurocientista Antônio Pereira, do Instituto do Cérebro da Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS).
Outro perfil que se tornou comum nos consultórios é o da criança estressada pela superproteção dos pais. São os “reizinhos mandões”, como apelidou a psicopedagoga Edith Rubinstein. “Esses meninos e meninas têm muita voz dentro de casa e dificuldade de lidar com o esforço”, diz a especialista. Não deixar a criança aprender a contornar situações difíceis é extremamente prejudicial. Isso porque uma característica importante para evitar os quadros de estresse tóxico é justamente a resiliência – a capacidade de a pessoa se adaptar e sair de situações adversas. “Quando a criança é sempre tirada pelos pais do apuro, ela não desenvolve essa habilidade e se torna mais suscetível ao estresse”, diz a psicanalista infantil Ana Olmos.
Observamos as crianças sob três ângulos: primeiro analisamos o corpo, se ela enxerga e fala bem e se está com os hormônios em níveis adequados. Depois analisamos a inteligência, se está adequada à idade. Por último vemos as questões emocionais. Diz Edmara de Lima, coordenadora pedagógica da Prima Escola Montessori, em São Paulo.
Apesar de toda dificuldade é posível reverter o quadro se fôr diagnosticado pelo médico rapidamente. Os professores também devem ajudar observando os estudos de seus alunos. Como no caso de Rafael.
Foi graças ao alerta de uma professora que a editora gráfica Liliana Franco, 48 anos, levou o filho Rafael, então com sete anos, ao médico. “Ela me disse que ele estava lendo só a primeira linha dos enunciados das perguntas antes de responder às questões”, afirma Liliana. No psiquiatra, se descobriu que Rafael tem TDAH e ansiedade. Com o treino cognitivo-comportamental e o tratamento medicamentoso, porém, o garoto, hoje com 15 anos, conseguiu reverter vários sintomas e se prepara para prestar vestibular.
Abaixo à um teste que você poderá fazer em casa:
Fonte: Rachel Costa, Revista isto é, 24/03/12
Texto adaptado por: Dani Sans
O teste foi desenvolvido por Ana Maria Rossi, presidente da Isma
Antes era escola, brincadeiroas, lições de casa, para se ocupar. Hoje estão inclusos no pacote, uma agenda cheia, sim já exsite agenda para elas, com natação, inglês, equitação, tênis, futebol. É cada vez mais comum encontrar crianças que mal saíram da pré-escola e já cumprem estas atividades numa correria interminável, é fato que aprender desde pequeno é ótimo para o bom desenvolvimento, mas como sempre nosso corpo necessita de moderação, também é fato que muitos pais, acham que é isso que fará do filho dele, um cidadão de bem e sobrecarregam a criança de afazeres para fazer valer a famosa frase "mente vazia é oficina do diabo". E perdem completamente a noção de com quem estão lidando.
O mundo realmente está muito mais competitivoe os pais que vivem isso, querem preparar seus filhos e não percebem o mal que estão causando para eles e para a própria sociedade à que terão de enfrentar no futuro. Crianças extremamente estressadas, este que era um problema somente do mundo dos adultos, agora estpá tomando conta da infância.
O problema está tomando proporções tão grandes que já ganhou status problema de saúde pública.
O psicoterapeuta João Figueiró diz que frequentemente essa rotina impõe à criança um sentimento de incompetência, pois lhe são atribuídas tarefas para as quais ela não está neurologicamente capacitada. "É como uma bomba-relógio prestes a explodir."
O risco dessa exposição, alertam os cientistas, são danos que vão bem além da infância, como doenças coronarianas, diabetes, uso de drogas e depressão.
No Brasil a poucos estudos sobre este assunto, a pesquisadora Ana Maria Rossi se destaca com uma pesquisa, feita com 220 crianças entre 7 e 12 anos nas cidades de Porto Alegre e São Paulo, revelou que oito a cada dez casos em que os pais buscam ajuda profissional para seus filhos por causa de alterações de comportamento têm sua origem no estresse. “O estresse é uma reação natural do nosso corpo, o problema é esse estímulo atingir níveis muitos altos ou se prolongar por longos períodos”, diz Ana Maria.
Voltar atráz do prejuízo quando o estágio já é avançado, não tem como, mas os pais podem identificar os sinais de risco.
Muitas vezes, os pais nem desconfiam que a enfermidade do filho pode ter raízes no estresse.
Encontrar reações físicas intensas, mas sem nenhuma doença de fundo não é mais novidade para os médicos. “Cefaleias e dores abdominais causadas por estresse são as queixas mais comuns.
Cientistas do Centro de Desenvolvimento da Criança da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, propuseram uma divisão: o estresse positivo, aquele em que há pouca elevação dos hormônios e por pouco tempo; o tolerável, caracterizado pela reação temporária e que pode ser contornada quando a criança recebe ajuda; e o tóxico, o que deve ser combatido, ligado à estimulação prolongada do organismo, sem que a criança tenha alguém que a ajude a lidar com a situação. “A origem pode estar em episódios corriqueiros que gerem frustração ou aflição frequentemente, como brigas na escola ou com familiares, ou em situações únicas, mas com impacto muito grande, como a morte inesperada de alguém próximo, abuso sexual ou acidente”.
Quando exposto a quantidades muito grandes dos hormônios do estresse, o organismo sofre uma espécie de intoxicação. Cai a imunidade, deixando a pessoa mais exposta a infecções, há uma interferência nos hormônios do crescimento e até mesmo o amadurecimento de partes essenciais do cérebro, como o córtex pré-frontal, é afetado. “Essa região é responsável pelo controle das funções cognitivas, como a capacidade de moderar a impulsividade e a tomada de decisões”, explica o neurocientista Antônio Pereira, do Instituto do Cérebro da Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS).
Outro perfil que se tornou comum nos consultórios é o da criança estressada pela superproteção dos pais. São os “reizinhos mandões”, como apelidou a psicopedagoga Edith Rubinstein. “Esses meninos e meninas têm muita voz dentro de casa e dificuldade de lidar com o esforço”, diz a especialista. Não deixar a criança aprender a contornar situações difíceis é extremamente prejudicial. Isso porque uma característica importante para evitar os quadros de estresse tóxico é justamente a resiliência – a capacidade de a pessoa se adaptar e sair de situações adversas. “Quando a criança é sempre tirada pelos pais do apuro, ela não desenvolve essa habilidade e se torna mais suscetível ao estresse”, diz a psicanalista infantil Ana Olmos.
Observamos as crianças sob três ângulos: primeiro analisamos o corpo, se ela enxerga e fala bem e se está com os hormônios em níveis adequados. Depois analisamos a inteligência, se está adequada à idade. Por último vemos as questões emocionais. Diz Edmara de Lima, coordenadora pedagógica da Prima Escola Montessori, em São Paulo.
Apesar de toda dificuldade é posível reverter o quadro se fôr diagnosticado pelo médico rapidamente. Os professores também devem ajudar observando os estudos de seus alunos. Como no caso de Rafael.
Foi graças ao alerta de uma professora que a editora gráfica Liliana Franco, 48 anos, levou o filho Rafael, então com sete anos, ao médico. “Ela me disse que ele estava lendo só a primeira linha dos enunciados das perguntas antes de responder às questões”, afirma Liliana. No psiquiatra, se descobriu que Rafael tem TDAH e ansiedade. Com o treino cognitivo-comportamental e o tratamento medicamentoso, porém, o garoto, hoje com 15 anos, conseguiu reverter vários sintomas e se prepara para prestar vestibular.
Abaixo à um teste que você poderá fazer em casa:
Fonte: Rachel Costa, Revista isto é, 24/03/12
Texto adaptado por: Dani Sans
O teste foi desenvolvido por Ana Maria Rossi, presidente da Isma
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