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terça-feira, 25 de setembro de 2012

Qual a Qualidade dos Médicos no Brasil?

Ao fazer uma consulta ao médico geralmente somos atendidos de forma deficiente, uma conversa sem olhar nos olhos, uma frieza e a rapidez com que eles fazem os atendimentos, são deficiências sérias na saúde de dos brasileiros, raros são os médicos que ainda fazem um atendimento completo com o cliente que o procura.

Raros são os que realmente querem colocar o seu profissionalismo em primeiro lugar.

Com a chegada do regime do REDA, estes dados aumentaram.
Dos contratados pelo Regime Especial de Direito Administrativo poucos fazem o seu trabalho corretamente, ou seja, fazem um atendimento excelente.

Isso sem contar nos erros médicos, que são inúmeros e que custam a vida de muitos pacientes.


Mas todas estas observações acima citadas, tem um motivo, também deficiente.


O exame realizado desde 2005 pelo Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp) é prova da péssima qualidade da formação médica no Brasil. Em sete anos, 46,7% dos 4.821 alunos que realizaram o exame foram reprovados. 
Desconsiderando a ociosidade nos programas de residência e as desistências durante o curso, podemos inferir que só 60% dos médicos têm acesso à especialização. Entram no mercado, sem treinamento adicional, mais de 6.000 médicos ao ano. 

Tal contingente de médicos mal formados, sem especialização, entra no mercado de trabalho e nele fica por cerca de 40 anos. Muitas vezes não sabe coletar a história clínica nem examinar o paciente. Solicita exames além do necessário, pois não soube chegar ao diagnóstico na consulta.
São médicos que não sabem interpretar exames e terminam encaminhando o paciente para recursos de maior complexidade, superlotando hospitais e prontos-socorros, abarrotados de casos que deveriam ter sido resolvidos no posto de saúde.
 

Não existem duas medicinas. Os que defendem a abertura indiscriminada de faculdades com o argumento de ampliar o acesso da população aos médicos, ou como ouvimos frequentemente para "formar médicos para o SUS", são os responsáveis pela precarização da saúde dos brasileiros e pelo desperdício dos insuficientes recursos que nosso sistema de saúde dispõe.
Está instalado o SUS pobre de resolubilidade para os mais carentes. Enquanto isso, os políticos vão se consultar nos hospitais privados e nos grandes hospitais públicos universitários, onde só entra médico com título de especialista. 


O Brasil apesar de ser um país com 196 escolas de medicina em atividade estando atráz apenas da Índia. Teve uma expansão desde a década de 1990, principalmente no ensino privado, mas também no público. Muitos cursos, inclusive de instituições públicas, abrem sem hospital-escola ou mesmo uma rede básica de ambulatórios para o treinamento prático.
Não bastasse a expansão desordenada, vivemos uma invasão de médicos formados no exterior, muitos deles brasileiros, vindo principalmente de Cuba e da Bolívia.
Segundo estimativas do Colégio Médico da Bolívia, há 25 mil brasileiros em cursos de medicina lá. Ausência de vestibular, mensalidades irrisórias e o baixo custo de vida comparado com o Brasil atraem os jovens para o eldorado boliviano.
O problema é que, além de essas escolas terem centenas de alunos por turma, nelas falta tudo, inclusive pacientes para o treinamento prático. A tentativa de revalidação de diploma desses candidatos a médicos revela números alarmantes.
Nossas universidades estatais têm autonomia para realizar a avaliação de egressos de universidades estrangeiras. Por causa da baixa qualidade das avaliações em alguns locais e por pressão de entidades médicas, o Inep criou em 2010 o Revalida, exame para unificar esta avaliação. 

Aderiram ao projeto piloto 37 instituições públicas de ensino superior. Na primeira edição, de 517 inscritos, somente dois foram aprovados.

Hoje, as escolas médicas no Brasil oferecem 16.892 vagas por ano. Nos programas de residência, padrão para formação de especialistas, há 10.196 vagas de acesso direto disponíveis para os recém-formados. 


A reforma na saúde se faz necessário tanto quanto em outras áreas importantes de nosso país como Educação e Moradia, um país deficiente como o nosso, ainda não pode cantar vitórias estando deficiente em dados como estes. 


Não é de hoje que sabemos que a saúde pede socorro, mas estes dados assustadores nos ajuda a pensar ainda mais, em quem devemos colocar no poder do Estado.


JOSÉ BONAMIGO - FLORENTINO CARDOSO,  35, clínico e hematologista, é tesoureiro da Associação Médica Brasileira; FLORENTINO CARDOSO, 50, cirurgião oncológico, é presidente da Associação Médica Brasileira - 
Folha de São Paulo, 29/08/12.

Adaptação de texto: Dani Sans
Imagem: Internet


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